ode a Espinosa
Da dor ao amor,
Das intensidades variáveis entre amor e dor;
Segue a vida. Constantemente afetada por esses corpos e afetos.
Essas relações infinitas, que nos atravessam, não só a nós;
Mas a tudo que há no mundo.
Isso quer dizer que a cinza do meu cigarro de uma semana atrás,
batida de forma displicente no cinzeiro,
Faz parte da mesma natureza, da mesma substância.
‘’Deus ou a Natureza, Espinosa, possui diversos atributos, dois deles são Corpos e Mentes.’’ E não é?
Não é sobre corpos, mentes, afetos, relações, paixões que vivemos?
Não é sobre o sentimento de adequação, de intimidade e ligação que procuramos nos relacionar e nos repelimos das relações?
É sobre esse corpo que caminhamos, sobre essa criação constante, sobre a relação constante.
ode a Espinosa