Corrente de vento
A corrente de vento bate no meu rosto e escorre por meu sorriso meio involuntário
“Se perder pra poder se encontrar” Não, eu não quero me encontrar. Eu quero me perder até não lembrar meu nome
posso com os cacos do meu nome, do meu eu antigo, conjurar múltiplos eus, e até abolir a noção de eu.
Não pertenço a mim, não pertenço a nada que não o desejo
vontade e a pulsão de vida
que corre pelo meu corpo me impulsionando a rejeitar esse modo de vida que me açoita.
Não curto o açoite.
o cerco está cada vez se fechando mais, estou numa mata densa, escura, estou sufocando.
A vida é movimento e fluxos ao porvir, e assim será.
Nômade.
Livre.
“Cumprir ordem de bacana, não da mais não” — Mano Brown